sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"Na Boca da Noite"

Todas as noites são iguais,
Eu estou só,
Sem você,
Meu porto seguro, meu cais...
De trago em trago,
A fumaça desenha você e me traz...
A esperança de um dia,
Ao seu lado, viver em paz...
Na boca da noite,
Tudo é escuro e frio,
Ainda mais,
Quando a sua vida,
Depende de um fio...
Fio este...que de tão tênue,
Quase arrebenta...
Este coração estragado e pisado,
Que às vezes, não aguenta...
Hoje,
Me sinto como uma estrela caída no chão,
Sem brilho, maltrapilho, cheio de medos...
Na boca da noite,
Não há alegria, muito menos, segredos,
E no meio deste enredo,
Confesso...Que já fiz amor com a solidão...
O que eu mais queria,
Nesta noite de luar tão eterno,
Era que a poesia,
Se transformasse em realidade...
E me tirasse desse sofrimento, desse inferno,
Que matasse essa coisa ruim...
Que eu sinto pot você...
SAUDADE...

NA BOCA DA NOITE, NINGUÉM ME VÊ CHORAR...
NA BOCA DA NOITE, VOCÊ NÃO VEM ME AMAR...
NA BOCA DA NOITE, NÃO TEM VOCÊ PRA CONVERSAR...
SÓ O HÁLITO FÉTIDO DA NOITE, QUE ME EMBALA E ME FAZ SONHAR!!!


(Um apelo desesperado de alguém, que prefere escrever a falar...Se é que existe alguém nesse mundo, que me entenda...)

De: Luiz Feijoli.
06 de Dezembro de 2004. | São José dos Campos, SP.

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