sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"O Luar dos Amantes"

Estava escrito o que agora tenho dito,
Que num tempo, onde reinava a fantasia,
Pardais anunciavam as manhãs alegres,
E as nuvens se abriam no cortejar da poesia...

Uma das maravilhas do mundo,
Onde num segundo, o melhor passatempo,
Nessas tardes azuis e noites sem fim,
Era te dizer 'SIM' e ver passar o tempo...

Em meio aos sinais de vida e suas nuances,
Um apaixonado romance, de súbito nasceu,
Talvez, numa dessas horas inesperadas,
Tão inesperado quanto você e eu...nessas madrugadas...

Sob o luar incontestável dos amantes,
Tal qual dois diamantes, duas almas, não mais perdidas,
Se encontraram, se olharam, se tocaram, se amaram,
Na ânsia tresloucada de se lapidarem...
Como se esse...fosse o último instante de suas vidas...

Uma donzela tão bela,
Que vivia na janela à despetalar flores e todas as suas horas,
Trazia nos olhos, duas pedras preciosas de esperança,
E desde criança, sonhava com o amor primeiro...
O despertar da aurora...

Em um canto do encanto cheio de paz,
Havia um rapaz, triste já não mais...
Com uma viola do lado e um sorriso no rosto,
Sentiu o gosto do amor...mas...tarde demais...

Pois, a Dona Morte...se apresentou...
Sem tecer comentários,
Se alarde...e sem aviso...
Restando, agora à donzela...
Partir com eles rumo ao Paraíso!!!




De: Luiz Feijoli.
09 de Abril de 2002. | São José dos Campos, SP>

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